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Praça de encantos
Lourdes Gabriela Vieira Batista
Fim de semana é, com certeza, a recompensa para aqueles que se esforçaram, dia após dia, em seus serviços. Pensando em como desfrutar desse bônus, dei-me conta de que, depois de uma semana de trabalho árdua, nada melhor do que passear com minha família na pracinha de minha cidade. E foi exatamente o que fiz.
Ao chegar, logo avistei belos edifícios que contornavam a praça, assemelhada a um pedaço do paraíso em meio à selva de pedra. As árvores históricas, de troncos grossos, estavam repletas de folhas verdes e brilhantes. Quando acariciadas pela brisa, balançavam como se estivessem dançando a serenata com a qual os pássaros contentes e encantadores brindavam os recém-chegados. A imensidão azul do céu abrigava o sol de calor intenso e acolhedor presente naquele maravilhoso domingo. Também fazia parte do cenário uma banda agradável; ela acalentava nossos ouvidos com melodias agradáveis e suaves, enfeitando o coreto, alegrando todo o ambiente. As músicas tocadas traziam uma sensação de paz e nostalgia.
As crianças faziam a festa ao lado do pipoqueiro e do vendedor de algodão-doce; este transformava açúcar em pequenos pedaços de nuvens doces e coloridas; aquele brincava com milhos até virarem formas irregulares de sabor inigualável. Havia bancos brancos, de madeira. Seus assentos eram ocupados por casais românticos e contempladores da beleza estonteante que preenchia a paisagem, assemelhada a um quadro pintado por mãos divinas. A grama, verdinha, estava coberta por uma variedade de flores. O final de tarde foi marcado por uma garoa fina e nuvens escuras, que, ao mesmo tempo, escondiam o sol e nos contagiava com a pureza das cores de um arco-íris.
O transcorrer do domingo deixou em todos uma satisfação e a vontade de retornar sempre àquela pracinha. Praça que a todos cativava, repleta de encantos, os quais puderam proporcionar a mim e à minha família um dia perfeito.