Caros alunos, é com satisfação que estamos iniciando mais um ano letivo. Você que está ingressando agora, na primeira série, seja bem-vindo. Você que está retornando para dar continuidade ao projeto iniciado no ano anterior, ou seja, você, aluno ou aluna da segunda série, saiba que nos enche de prazer a notícia de seu retorno.
Temos muitas metas a cumprir a partir de agora e, a fim de alcançá-las, necessitaremos todos de muito esforço, disposição inabalável e dedicação constante. Contudo, saiba desde já que confiamos em seu potencial de trabalho e jamais duvidaremos de sua seriedade no empenho de suas atividades semestrais. E é bom saber também que seu sonho, de seus familiares e de seus amigos está cada vez mais próximo de se tornar realidade. Falando com relação à matéria Redação, você está a poucos textos de se tornar um guerreiro de nossas Forças Armadas.
Nossa missão específica é uma só: escrever. Dizendo assim até pode assustar, pois, em torno do assunto redação, gerou-se uma série de mitos que, de uma forma ou de outra, acabaram por criar um distanciamento entre os estudantes e a prática da produção textual. "Nunca escrevi nada, professor", "Gosto de ler, mas não sei escrever", "Escrever é muito difícil", "Escrever é muito chato", "Se eu soubesse mais gramática, saberia escrever melhor", "Não nasci para escrever" e tantas outras frases com teor semelhante são ouvidas por nós corriqueiramente. Uma boa notícia para você: tudo isso não passa de um mito; e um mito, por mais arraigado que seja, por maior que seja o bloqueio causado por ele, um mito pode ser derrubado quando alguém se propõe a ultrapassá-lo.
Mesmo nós, professores de português, possuímos lembranças de limitações que fustigavam nossa mente e talvez nos paralisassem diante de uma folha de papel em branco; hoje, devido ao treino, muitas barreiras foram superadas. E (por que não dizer?) há ainda outras que talvez persistam, como no caso de professores que manifestam, às vezes com ares de mea culpa, possuírem maior habilidade com um determinado tipo de texto que com outro. O importante é compreender que escrever bem não tem nada a ver com dom; ninguém traz desde o nascimento talento para escrever ou para fazer qualquer tipo de atividade. Escrever, assim como tocar um instrumento ou andar de skate, é resultado de algo bem mais simples, facilmente explicável: escrever é treino.
Não desconsideramos que existem realmente algumas dificuldades no transcurso de formação do escritor, algumas frustrações até. Mas confiamos no que a experiência nos tem demonstrado: dificuldades podem ser transmutadas em habilidades, e as frustrações podem ser vistas como um importante índice de que há ainda etapas a serem vencidas. Um pouco de insatisfação é necessário para impulsionar as transformações. Vista dessa forma, ela pode ser encarada até como um elemento a mais de motivação.
Acredite nisto: todos têm o potencial para se expressar em qualquer tipo de modalidade textual. E o que permite isso é a técnica aliada à vivência de mundo.
Aqui entra o nosso papel como professores e orientadores do Curso de Redação. Procuraremos propiciar a você a oportunidade de treinar mais, caso você já tenha um histórico com a produção textual, ou de conhecer novos modelos e aprimorar seu repertório de expressividade, se já é um escritor proficiente. Por outro lado, se você nunca teve contato com a matéria ou considera que ela tenha sido insuficiente na escola, veja com alegria o fato de agora ter mais esta chance de se apropriar de um conhecimento infelizmente dominado por poucos e ainda não inteiramente bem compreendido por você neste momento.
No Letras você encontrará exercícios, textos modelares, sugestões de temas para serem desenvolvidos, um canal de expressão e publicação de seus trabalhos e tudo o mais que for necessário para dar suporte à sua formação.
Escrever é um ato de liberdade. É o momento em que alguém permite que um outro compartilhe de um universo oculto a maior parte do tempo. Quem escreve expõe, no fim das contas, parte de sua alma.
No entanto, quando se trata de uma produção vinculada a uma situação do tipo pedagógica, muitas vezes, essa liberdade é condicionada a uma série de critérios que, em um primeiro momento, podem parecer cerceadores da criatividade. Na escola ou em uma situação profissional não existe a possibilidade de se escolher com inteira liberdade o assunto ou tema sobre o qual alguém gostaria de falar. Essas situações são especificamente desenvolvidas para objetivos de avaliação. Isso não impede, contudo, a manifestação da criatividade a nosso favor.
Para isso existe um repertório de práticas e técnicas que possibilitarão o seu desenvolvimento. Esta é a razão de estarmos aqui. O nosso objetivo é tão somente oferecer uma opção a mais e exclusivamente original.
E você também pode colaborar, enviando sugestões e ideias.
Então, o que estamos esperando? Mãos à obra!