"Quando o sol bater na janela do teu quarto..." (Renato Russo) (Em 07/11/2012)

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Meu quarto, meu mundo
Juliana Souza da Rocha

       Não há lugar melhor que o nosso canto, nosso espaço, onde podemos expressar qualquer coisa. Um conjunto de sentimentos que exala toda a alegria, a satisfação de um mundo único ali criado, tudo depositado em meu quarto.

       Em meio às quatro paredes que mais amo, há janelas que enquadram a mais bela paisagem vista; na porta, uma placa que indica o quanto é aconchegante: “Cantinho dos sonhos”. No chão, milhares de pegadas invisíveis de uma vida que foi e continua sendo vivida. Possui uma luz própria, uma reunião de sensações que o deixa claro, leve. Amplo e arejado, exala a imensidão de um mundo individual. Sonhos, pensamentos, travesseiro, cama. Local de descanso que nos deixa soltos, livres, onde liberamos toda a carga diária que recebemos.

       Fotos e quadros mostram momentos, pessoas, sorrisos e saudades que marcaram minha história: depósito de lembranças. Chegado o fim de cada dia, no canto direito do quarto, deito em meu “berço”. Vejo as cortinas serem empurradas pela brisa num movimento cadenciado, uma espécie de dança trazendo bons ventos, novas experiências, amores, de um mundo paralelo. Do outro lado, meu guarda-roupa de madeira composto por duas portas na lateral e um espelho ao centro que reflete o retrato do meu paraíso: sua arrumação, suas cores, seus detalhes e decoração, além do meio de comunicação mais usado nos dias de hoje — o computador —, onde a distração se esconde virtualmente.

       Meu quarto, meu mundo, minha vida. Onde mais eu poderia querer estar? Onde mais poderia deixar fluir tudo que acontece dentro desse coração, dessa via de informações que se revela a cada instante? Um mundo, um universo em que eu, e somente eu, tenho o privilégio de estar a cada dia.