A intolerância religiosa sob o olhar agudo do Deputado Átila Nunes (Em 17/10/12)


Átila Nunes, 63 anos, é o deputado estadual com maior número de mandatos do país (11), sendo sempre reconduzido pelos umbandistas do Rio de Janeiro. Advogado e jornalista profissional, Átila produz e apresenta vários programas de rádio que são reproduzidos por todo o país, entre eles o Programa Melodias de Terreiro, transmitido diariamente pela Rádio Bandeirantes AM 1360(RJ), podendo ser ouvido pela internet (www.radiomelodiasdeterreiro.com.br). O programa Melodias de Terreiro é o segundo mais antigo programa do Rádio Brasileiro, depois de "A Voz do Brasil". Sua família (avô, pais e filhos) se destaca pelo combate à intolerância religiosa. Nas últimas eleições, seu filho Átila Alexandre Nunes foi eleito vereador pela cidade do Rio de Janeiro.

Não somos seres humanos passando por uma experiência espiritual.
Somos seres espirituais vivenciando uma experiência humana.

O ambiente ideal para o fanatismo religioso é onde existe uma população com altos índices de pouca cultura e de poucos recursos.
O alvo do fanatismo no Brasil não é apenas a grande parcela da população que acredita na reencarnação e na comunicação com os desencarnados, como os espíritas e umbandistas. O alvo é também todo aquele que não compartilha do que crê o fanático, sempre convicto de que conhece mais o outro mundo do que este.
O fanatismo sobrevive aos séculos. Em nome de uma utopia teológica, religiosos se afastam do restante da sociedade e declaram guerra aos que se recusam a segui-los em seu sonho (ou pesadelo) religioso insano. É o caso do Brasil, onde membros de seitas eletrônicas escolheram como alvos principais espíritas, umbandistas, os cultos afros e até católicos (quem não se lembra das cenas de um "bispo" chutando a imagem de uma santa na TV?).
Os conflitos são inevitáveis. Em alguns países, quando o Estado passa a ser uma extensão desses movimentos fanáticos, resultam invariavelmente em genocídios. Como explicar que, em pleno século 21, uma era de progresso tecnológico e de avançada inteligência, podem sobreviver seitas de fanáticos que descarregam tanto ódio contra os que não acompanham seus pensamentos? O que causa tamanha intolerância em relação ao restante da sociedade que se recusa a crer no que creem?
Se compararmos o fanatismo medieval que levou milhares às fogueiras da Inquisição com os tempos de hoje, observamos que a diferença é que aqueles só reagiam com violência quando provocados. Já as seitas de fanáticos contemporâneos agridem, sem serem agredidos.
São poucas as diferenças entre os fanáticos dos outros países com os daqui do Brasil. Quando criminosos travestidos de fiéis, carregando armas com adesivos "Deus é fiel", ameaçam diretores de centros umbandistas das favelas, isso é fanatismo.
Quando esses mesmos bandidos se autointitulam cristãos, perseguem moradores nas vielas das comunidades, porque estes usam fitinhas do Senhor do Bonfim amarradas ao pulso, estamos diante de uma milícia religiosa, semelhante às do Afeganistão que caçam e chicoteiam os que não comungam nos princípios do islamismo. Quando esses fanáticos invadem centros umbandistas, destruindo imagens e demais símbolos religiosos, repete-se o fenômeno da "cristofobia" que se irradia no Oriente Médio, onde cristãos (os verdadeiros) têm suas igrejas destruídas.
O que ocorre hoje no Rio de Janeiro (e em outras capitais) é a exaltação de grupos de fanáticos, que, por ignorância, por dinheiro - ou ambos –, professam ações violentas contra outros cidadãos, retirando-lhes o direito sagrado da liberdade de pensamento e, às vezes, de sua integridade física.
Seu fundamentalismo tem como pilares a intolerância e a fé insana da verdade única, a deles, que consideram incontestável. O resultado é óbvio: sucedem-se queixas de espíritas, umbandistas, candomblecistas, católicos e até, pasmem, evangélicos – os verdadeiros , cansados dessas ações intolerantes que denigrem os princípios cristãos.
Não se trata mais de uma simples questão religiosa. É uma questão com reflexos profundos na liberdade dos cidadãos brasileiros.
Pregadores fanáticos estão convictos de que conhecem mais o outro mundo do que este. Todos os demais, para eles, são hereges, amaldiçoando-os para que ardam na fogueira.
Mas hereges de fato são os que acendem a fogueira. Religiosos preconceituosos são todos iguais.


"Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei. No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei. No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei. No quarto dia, vieram e me levaram; já não havia mais ninguém para reclamar..." Martin Niemöller, 1933




PROGRAMA MELODIAS DE TERREIRO - RÁDIO BANDEIRANTES AM 1360
Com Átila Nunes e Átila Alexandre Nunes
De segunda à sexta-feira entre 23h e 24h
www.radiomelodiasdeterreiro.com.br (24h no ar) – Reprises: 10h, 14h e 18h
Central 24h: (021) 2461-0055
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PROGRAMA RECLAMAR ADIANTA - RÁDIO BANDEIRANTES AM 1360 (RJ)
De 2a à 6a feira, das 10h ao meio dia.
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PROGRAMA PAPO MADURO - RÁDIO BANDEIRANTES AM 1360 (RJ)
De 2a à 6a feira, ao meio dia. Ouça pela internet: www.papomaduro.com.br
E-mail: ouvinte@papomaduro.com.br. Central telefônica: (021) 3282-5144