O Letras e todos os signos de sangue
Correndo nas veias da imaginação.
O Letras plantando a flor junto ao mangue,
O “Eu posso!” vencendo a histeria do “Não!”.
O Letras e as artes... Oh, não! Não se zangue!
Criar é bem simples, é só ter visão!
O Letras, o pódio do espírito exangue
A clava que rompe os grilhões da prisão.
Um rio que corta sereno o bravio
Mar de angustiados marujos sem nau.
O raio na noite escura e o assovio
Conclamando a mente a pular carnaval!
Só mesmo o Letras! E, num desvario,
Há muitos querendo; ninguém faz igual!
O Letras: porque a poesia é feita de nervos!