Cotas
raciais: a separação de vagas equalizando o acesso
Letícia
Stocchero Miranda – 2ª série – BEV
Mesmo
não sendo um assunto novo, as cotas raciais ainda provocam
divergência de opiniões. Mas um fato é certo: são uma medida
justa para a sociedade. Possibilitaram que houvesse uma maior
presença de outras raças nas universidades, viabilizaram a ascensão
social desses indivíduos e, consequentemente, diminuíram a
desigualdade social.
Os
dados do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira) indicaram que, entre 2012 e 2015, o número de
indivíduos que se autodeclararam negros e pardos que entraram em
universidades públicas aumentou de 933.685 para 2.172.634 pessoas,
assim como o número dos que se autodeclararam amarelos, que foi de
62.029 para 116.036. Ou seja, o sancionamento da Lei de Cotas
permitiu que mais negros e amarelos ingressassem no ensino superior
público.
O
aumento da escolaridade, consequência desse maior acesso à
educação, é um importante fator para viabilizar a ascensão
social. O ensino superior possibilita melhores oportunidades de
emprego, mais legitimidade e reconhecimento no mercado de trabalho e
a consequente elevação da renda. Isso torna possível a construção
de uma carreira sólida e a conquista de melhores condições de
vida.
Por
fim, as cotas raciais permitem que grupos historicamente
desfavorecidos, que foram (e por vezes ainda são) marginalizados e
prejudicados simplesmente pela cor da sua pele, possam contemplar a
diminuição dessa desigualdade social. A medida procura equiparar o
acesso a vagas em concursos e universidades levando em consideração
a defasagem que esses grupos ainda hoje apresentam e que é resultado
de uma vida de privações e injustiças no decorrer da história do
Brasil.
Portanto,
mesmo não sendo uma medida que irá acabar com a desigualdade social
no Brasil, as cotas raciais vêm para propiciar a negros, pardos,
indígenas ou a quaisquer outras raças um maior acesso à educação
superior. Possibilitaram a melhora da qualidade de vida de muitos
indivíduos, quebrando um ciclo de desigualdades que há muito tempo
foi iniciado.
A
reinclusão do negro na sociedade
Luanna
Bazoni Rocha – 2ª série – BEV
Muito
se tem discutido sobre as cotas raciais nas universidades
brasileiras. Tal benefício deve ser mantido, tendo em vista o fato
de ter proporcionado um maior ingresso dos negros nas universidades
brasileiras. Possibilitou, ainda, uma remissão da sociedade para com
o negro e propiciou um grande passo para a equiparação do negro com
o branco no mercado de trabalho.
As
cotas raciais funcionaram como um abre-alas para o ingresso do negro
nas universidades brasileiras. Isso porque o sistema de cotas destina
uma determinada porcentagem das vagas totais exclusivamente para os
negros, os quais concorrem apenas entre si. Desse modo, tornou-se
possível um aumento do número de alunos negros matriculados nas
universidades brasileiras. Pessoas que, se disputassem vagas em ampla
concorrência, provavelmente não seriam aprovadas, já que grande
parte dos negros não tiveram uma boa formação educacional.
Tendo
em vista o passado histórico da escravidão dos negros, o sistema de
cotas pode ser considerado como uma forma de a sociedade se redimir
com os negros. Durante décadas os negros foram humilhados e
submetidos ao trabalho escravo unicamente por conta da cor de sua
pele. Portanto, os negros foram extremamente prejudicados em seu
passado e não tiveram a mesma oportunidade de crescimento e evolução
do que os brancos.
O
sistema de cotas raciais possibilitou uma equiparação do negro com
o branco no mercado de trabalho, já que tal benefício tornou
possível que ambos tivessem a mesma formação em universidades
públicas de qualidade. É importante ressaltar que a equiparação
não será alcançada de forma rápida e imediata, visto que as
marcas deixadas pela escravidão são feridas que demoram a
cicatrizar, no entanto foi dado um grande passo com o objetivo de se
alcançar a igualdade entre as raças.
É
preciso, portanto, enaltecer as medidas do governo que visam promover
a igualdade racial. Deve-se lutar para que a cota racial não acabe
e, ainda, lutar para que se possam adquirir outras medidas que visem
beneficiar as classes menos favorecidas. Desta forma, futuramente
será possível colher os frutos de uma sociedade ideal, na qual os
negros estarão inclusos na sociedade e com as mesmas oportunidades
de emprego e qualificação profissional de qualquer outro cidadão.